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10 perguntas para Dedé

31/05/2010 08:27

 

10 perguntas dos leitores para Dedé Santana

De novo ao lado de Renato Aragão, em A Turma do Didi, o humorista nega que estivesse brigado com o amigo e fala sobre os excessos cometidos antes de virar evangélico

Créditos: Revista Quem

Felipe Varanda
Dedé Santana está de volta à TV Globo. Treze anos depois do fim de Os Trapalhões, o humorista volta a trabalhar com Renato Aragão, em A Turma do Didi. No domingo (22), a estréia de Dedé no programa rendeu 15,5 pontos no Ibope, a melhor audiência da atração desde o início do ano. No dia seguinte, o humorista recebeu o repórter Cláudio Marçal para responder às perguntas dos leitores enviadas ao site de QUEM. Depois de dizer que fica sempre “meio nervoso” antes de dar entrevistas, o comediante relaxou, fez caretas, desmentiu que estivesse brigado com Renato e falou sobre os excessos que cometeu antes de virar evangélico. “Nos anos 70, meus amigos chegavam lá em casa e tinha sempre quatro mulheres peladas na piscina.”

1. Como o Renato Aragão te recebeu depois de tanto tempo?
Amauri Carneiro, por e-mail
Com o maior carinho. Depois que o Beto Carrero faleceu, em fevereiro, ele perguntou se eu gostaria de voltar a trabalhar com ele. Falei que era meu sonho. Mas voltaria sob duas condições. Uma delas era vir gravar o programa no Rio, mas não me mudar de Itajaí (SC), onde moro desde 2003. A outra era continuar com meus shows no Beto Carrero World. Ele concordou.

2. Você e o Renato estavam realmente brigados?
Eliana Aparecida Moreira, Areado (MG)
Muita gente pensa isso. Mas não houve briga. A gente sempre se falou, nas datas principais, nos aniversários, no ano-novo.

3. A amizade entre os Trapalhões era verdadeira ou alguém queria ser melhor que os outros?
José Luís de Souza, Nova Londrina (PR)
Ninguém queria aparecer mais que o outro. Tínhamos uma química ótima e, se o quadro era do Didi e, de repente, o público gostava mais do Mussum, a gente virava o jogo. Um sacaneava o outro aqui fora e levava isso para o estúdio. Esse era o grande barato.

4. Qual foi o real motivo da separação de vocês?
Fernanda Maffi, Uberlândia (MG)
O Mussum morreu em julho de 1994 e a Globo me dispensou em agosto de 1995, quando acabou Os Trapalhões. O Renato ficou com o Criança Esperança e eu saí. No mesmo ano, fui chamado pela Record para fazer a Escolinha do Barulho. Em 1995, reeditamos a dupla Didi e Dedé e ficamos três anos e meio em Portugal com Os Trapalhões. Em 2001, voltei à Globo para fazer A Escolinha do Professor Raimundo e outras participações.

5. Você alguma vez se sentiu traído pelo Renato?
Marco Perez, São Paulo (SP)
Nunca. Ele não me abandonou. Sempre me ofereceu trabalho.

6. O que você acha do humor feito pelo CQC e pelo Pânico na TV?
Carlos Alberto Pereira, Araçatuba (SP)
O CQC, eu vi um dia e gostei muito, achei espontâneo. Sobre o Pânico, não gosto daquela parte em que eles procuram desmoralizar o artista, apesar de nunca terem feito
isso comigo.

7. Em uma entrevista, você afirmou serem seus os roteiros de Os Trapalhões. Atualmente, a piada “Didi pega a todos, mas ninguém a ele” tem se repetido. Você acha que isso pode mudar com a sua volta?
Míriam Lisete Islanio, Rio de Janeiro (RJ)
Tínhamos um time escrevendo e eu ajudava esse time. Sempre estivemos atentos ao Ibope. Quando todo mundo caía na piada e o Didi, não, o Ibope subia. Por isso algumas cenas ainda terminam assim.

8. O que você sentiu no primeiro dia de gravação?
Marta Lopes, Rio de Janeiro (RJ)
Estava muito nervoso e acredito que o Renato também. Nós nos emocionamos na gravação. Acho que o público gostou.

9. Você descobriu a religião depois de Os Trapalhões? Como foi?
Marcos C. Silva, São Paulo (SP)
Virei evangélico por causa do meu filho, Átila, de 32 anos, que, em 1994, me levou à Igreja Quadrangular do Rio de Janeiro. Me senti bem lá. Antes disso, eu não sabia se era católico, macumbeiro ou espírita. Nos anos 70, meus amigos chegavam lá em casa e tinha sempre quatro mulheres peladas na piscina (risos). Nunca fumei nem bebi, o meu negócio era mulher. Agora estou sossegado. Eu me casei há 25 anos com Christiane Bublitz e estou feliz.

10. Você achava que iria voltar a trabalhar com o Didi?
Rodrigo Rodrigues, Campinas (SP)
Se nós começamos juntos, teríamos que terminar juntos. Quando o Renato me ligou, não me preocupei com o contrato (de um ano, renovável). Queria era voltar a trabalhar com ele.